A arteGENTES orgulha-se de partilhar com o público os trabalhos que os nossos costureiros têm vindo a desenvolver ao longo de 8 sábados. Ainda estamos no início, mas as mãos destes costureiros criam maravilhas!
Já passaram 7 sábados desde que iniciámos a arteGENTES no Bairro do Zambujal. Já é altura de falarmos sobre nós, de como chegámos até aqui.
Estávamos no início da pandemia quando sonhámos este projeto. Para trás ficou o Guiúa (Moçambique) com um sentimento de enorme gratidão por termos ajudado um grupo de costureiros. Com a quarentena obrigatória, as reuniões on-line serviram de suporte para sonhar um novo recomeço. Sempre com incertezas. Onde? Como? Quem? E se…?
Fomos juntando as peças, agregámos pessoas e somámos vontades. Sempre ao nosso ritmo. Foi-nos sugerido submeter o projeto ao BPI. Não queríamos. Nem ao BPI nem a nenhuma outra instituição. Talvez por medo. Certamente por falta de experiência.
Insistiram novamente. Aceitámos. Sempre com medo. E se o BPI aprovar?
O BPI aprovou, deixando-nos com receios, mas sobretudo com o desejo de fazer o bem, bem feito. Ainda melhor. E assim o fazemos. E assim o teríamos feito, mesmo sem este apoio financeiro. Porque somos assim. Porque acreditamos que devemos dar tudo o que temos e tudo o que somos. Ao projeto, a quem agregámos, a quem nos apoia.
Somos uma equipa de pessoas entusiasmadas, com o desejo de partilhar e ver este projeto crescer a cada sábado que passa.
Temos a bênção de ter voluntários connosco. Ouviram falar da arteGENTES, do Bairro do Zambujal e da COMUZA. Interessaram-se, quiseram saber e apareceram. Assim fez a Sofia, que por conseguinte trouxe a sua mãe, a Dina.
São dinâmicas, desenrascadas, prontas para ajudar no que fôr preciso. Fazem parte do projeto desde o primeiro dia. Têm sido uma ajuda preciosa. Não vivem no bairro e não falham nos horários. Impecáveis.
Num destes sábados apareceu o Filipe, o nosso técnico. É quem nos arranja as máquinas de costura sempre que é necessário. Mas como nos saiu a sorte grande, também percebe de costura.
É constantemente chamado. Às vezes por tudo, outras vezes por nada. Mas sempre presente, com a chave de fenda numa mão e linha na noutra. Sempre disponível para ajudar. No sábado seguinte apareceu a Maria José, a mãe do Filipe, costureira e curiosa por conhecer o projeto. Primeiro veio como visita. Agora ficou como voluntária. Que sorte a nossa.
Desconfiamos que gostam de nós, dos costureiros e do projeto. Por que outro motivo reservariam os sábados à tarde para a arteGENTES?