Clara Gomes Pereira

09 de Abril de 2022

A Clara nasceu em S. Tomé e Príncipe, embora os pais fossem de Cabo Verde. Veio para Portugal com apenas 2 anos. Vive na Amadora desde essa altura. É de uma família grande com 8 filhos. Estudou até à quarta classe, deixando os estudos para trás quando começou a trabalhar com 14 anos para ganhar autonomia.

Trabalhou durante três anos e meio numa fábrica de molde para construir os quiosques dos gelados Olá. Mais tarde foi trabalhar num dos restaurantes da Feira Popular, onde ficou durante seis anos. Depois disso começou a trabalhar em casas particulares a fazer limpezas e a passar a roupa a ferro, uma das suas tarefas favoritas. Até hoje continua com o mesmo emprego e diz com um sorriso na cara que gosta do que faz. 

Apaixonou-se pelo Fernando, com quem tem quatro filhos (três rapazes e uma rapariga). Atualmente são avós de um menino e de uma menina.

A Clara gosta muito de costurar e faz tempo que esperava para ter aulas de costura. Finalmente surgiu a oportunidade! Apareceu no primeiro dia acompanhada pela sua mãe, a dona Arminda, que faz parte da COMUZA e foi ela quem lhe falou da arteGENTES.

Todos os sábados a Clara vem até nós de autocarro. É tão discreta nas aulas de costura que quase não nos apercebemos da sua presença. Mas quando ela fala, está sempre bem disposta e com um sorriso que contagia a sala.

artegentes@adgentes.or.pt

Sábados

20. Clara Gomes Pereira

19. Maria Semedo

18. Aqui não desistimos

17. A ritmos diferentes

16. Estigma de bairro

15. Vamos chegar longe

14. Um olhar diferente

13. Nem só das máquinas vive a costura

12. Capulanas

11. Presentes

10. Regresso à costura

9. Feira no Bairro

8. arteGENTES

7. Voluntários

6. Venha quem vier por bem

5. Os primeiros resultados

4. Sábados à tarde

3. A dúvida e a ousadia

2. Costurar um sonho

1. Mudam-se os tempos

Maria Semedo

26 de Março de 2022

Já passaram 5 meses desde que aqui estamos.
Já é tempo de vos apresentarmos os nossos costureiros.

Comecemos com a Maria Semedo que nasceu emS. Tomé e Príncipe, na cidade de Guadalupe porque os seus pais, naturais de Cabo Verde, emigraram para aí trabalhar na roça do café e do cacau.

Chega a Portugal em 1981 com 12 anos, onde continuou a estudar no Bairro das Fontainhas. Aos 15 anos começou a trabalhar como vendedora de peixe na praça de Benfica e depois trabalhou num café na Buraca, que pertencia à sua madrinha. Entretanto, apaixonou-se e aos 20 anos teve a Cláudia, a sua primeira filha. Depois nasceu a Tânia e mais tarde o Cláudio.

Devido a vários motivo, a Maria já viveu em vários locais: Damaia, Massamá, Cacém e Algueirão. Em 2005, inscreveu-se na Câmara de Amadora para conseguir ter uma casa própria. Quando lhe perguntaram se queria viver no Bairro do Zambujal, não hesitou em responder: “Pois claro que sim!

A Maria faz parte da COMUZA desde 2015, onde está também a sua mãe. Está connosco desde o primeiro dia de aulas porque quer aprender a costurar e arranjar as suas próprias coisas. Diz que é desta que “mete a máquina de costura lá de casa a funcionar como deve de ser!

Artegentes na Feira do Fórum das Missões

13 de Março de 2022

Fomos até à Damaia mostrar o que os nossos costureiros andam a fazer aos sábados à tarde no Bairro do Zambujal. Trocámos experiências com as outras bancas e houve até quem aproveitou para viajar até à África através das cores dos nossos produtos.

Aqui não desistimos

12 de Março de 2022

Há produtos mais difíceis de fazer do que outros. Os sacos de alças são mais trabalhosos e às vezes dão luta, mas a nossa costureira Maria Amélia, sempre persistente em fazer bem, não desiste! Ali se manteve no ferro para fazer as dobras das alças, quantas vezes fossem necessárias, até ficarem perfeitas. As cores garridas das capulanas por vezes são traiçoeiras para os olhos já cansados e débeis de alguns dos nossos costureiros!

Amanhã estaremos na Feira do Fórum das Missões (paróquia da Damaia) a vender os nossos produtos. Façamos as contas do que estes costureiros andam a fazer: sacos de pano com atilho (costura simples), sacos de pano com alças (costura simples com dobra de alças com ferro de engomar) e porta moedas (aplicação de fecho zipper, forro interior e mudança de calcador). Espreitem aqui e vejam como eles evoluíram ao longo deste tempo! Uma evolução que parece não ter fim quando insistem e persistem em costurar bem.

A ritmos diferentes

26 de Fevereiro de 2022

É tudo ao ritmo dos nossos costureiros. Uns mais lentos, outros mais rápidos. Uns a avançarem, outros a recuarem.
É preciso respeitar e não apressar.

Tudo acontece. Máquinas a encravarem, agulhas a partirem, linhas a acabarem, tecidos a chegarem…
Tudo se resolve. Limpeza nas máquinas, substituição de agulhas, linhas novas, padrões diferentes…

É como dizemos: avancemos ao nosso ritmo. Ao ritmo de cada um. Todos na mesma direção, sempre em boa companhia e com boa disposição.

Estigma de bairro

19 de Fevereiro de 2022

Não é fácil viver num bairro social. As infraestruturas são precárias. O estilo de vida é alternativo. Nada é convidativo. Mas se conhecermos as pessoas tudo muda de figura. Elas, que nos prendem com a sua simpatia e com os seus sorrisos, dão um novo significado ao bairro.

Começámos este projeto de costura no bairro do Zambujal em Outubro, mas a verdade é que já as conhecemos desde 2003. Já são muitos anos a partilhar histórias e a construir memórias juntos.

Quando aqui pisámos pela primeira vez, andávamos desconfiados pelas ruas, com receio de que alguma coisa de mal nos pudesse acontecer. Estigma de bairro. Circulávamos apenas pelas ruas principais e evitávamos as menos conhecidas. Estigma de bairro. Os encontros só aconteciam à noite se fossem mesmo necessários, porque de dia era mais seguro. Estigma de bairro. 

Ainda assim teimávamos em cumprimentar todas as pessoas que se cruzassem connosco. Algumas respondiam de volta com um sorriso e outras apenas com o olhar. Insistimos em continuar a ir ao bairro. Insistimos em estar com as pessoas. Até hoje.

O bairro continua igual, tal como em 2003. Mas as pessoas transformaram-se. Transformaram-nos.

A mudança só é possível se houver boa vontade de todas as partes. Depois disso maravilhas acontecem.

Vamos chegar longe

19 de Fevereiro de 2022

Continuamos no bairro.
Continuamos a costurar.
Continuamos com as aulas aos sábados.

Continuamos no mesmo lugar, mas a chegar cada vez mais longe…

Um olhar diferente

12 de Fevereiro de 2022

Estar como voluntária neste projeto é fantástico. Poder acompanhar os costureiros desde o primeiro instante em que usam a máquina até ao produto final. Ajudá-los ao longo de todo o processo, seja a pôr a linha na agulha da máquina, a descoser o ponto quando este fica mal ou a ensinar a usar os variados materiais.

Há uns meses atrás muitos deles nunca tinham costurado e agora já sabem fazer sacos e sacolas. Evoluíram imenso e quase que já não precisam da minha ajuda.

Estou muito orgulhosa de todos e acho este projeto fantástico para a comunidade.

– Sofia Nunes –

nem só das máquinas vive a costura

5 de Fevereiro de 2022

Primeiro seguimos as voltas da linha. Não falhar nenhuma etapa para que a linha não se enrole e impeça a “lagartixa” de puxar o tecido.

Depois adaptamos as mãos às máquinas. Treinar a sensibilidade do pé para controlar o pedal. Nem tão rápido e nem tão lento. Acertar o ritmo para que o tecido possa fluir debaixo do calcador.

Agora treinamos as mãos para o corte. Pressionar a régua com a mão esquerda e rolar a lâmina sempre em frente com a mão direita. Há sempre a tentação de voltar atrás com a lâmina. Por vezes o corte é direito, outras vezes nem tanto assim. É preciso saber quem manda aqui: é a mão e não a lâmina.

Aqui começa o corte.
A costura vem depois.

Parece-vos fácil?

capulanas

29 de Janeiro de 2022

Assim se chama em Moçambique os tecidos coloridos desenhados com padrões que não passam despercebidos a qualquer olhar. Em Angola e Cabo Verde é conhecido como pano, mas na Zâmbia chamam de kitenge ou chitengue. E mais outros nomes terá por quem os usa no continente africano.

São tecidos que guardam histórias e culturas dos povos africanos. Diz-se que inicialmente serviu de moeda de troca entre os povos, sendo usado apenas pelos monarcas como sendo símbolo de representação de poder. Mas uma coisa é clara: ao longo da sua história os padrões, as cores e a textura foram alterando, assim como a forma de os usar. 

De imediato vem-nos à memória a imagem de mulheres a carregarem os seus filhos às costas costas enquanto exercem outras atividades. Ou quando os enrolam nos seus cabelos e caminham pelas ruas exibindo as cores que contrastam com as suas peles escuras. Não precisa de muita costura. Mas sobressai a beleza do produto e de quem os usa.

As capulanas não são fáceis de encontrar aqui em Portugal. Mas uma vez encontradas, há que comprá-las e guardá-las. Certamente servirão para embelezar qualquer ambiente.

Os nossos costureiros orgulham-se de trabalhar com as capulanas e já andam por aí a espalhar charme pelo  Bairro do Zambujal e arredores. Querem ver o que andamos a costurar com estes tecidos lindos e maravilhosos?

Espreitem aqui!

presentes

22 de Janeiro de 2022

As pausas são ótimas para descansar, pensar e recomeçar. Mas são melhores ainda porque nos permite olhar e ver o mesmo lugar com um nova perspectiva e renovar as relações com as mesmas pessoas quando regressámos ao ponto de partida.

Os nossos costureiro trabalham com os materiais que têm, sejam novos ou antigos. Mas ficam verdadeiramente felizes quando são presenteados por algo que sabem que foi feito para eles.

Nem todos os presente precisam de ser embrulhados. Mas todos deveriam ser entregues com carinho. Obrigado Sofia e Dina.

regresso à costura

15 de Janeiro de 2022

As máquinas de costura estiveram paradas durante 3 sábados. A época natalícia e a semana em casa imposta pelo Governo fez com que as portas do CCV se mantivessem fechadas até hoje.

Regressámos cheios de vontade para recomeçar. Nós e eles. As mãos e os pés equilibram o som do motor das máquinas, mas um silêncio suave tomou conta da sala, dissipando as dúvidas e costurando a todo o vapor.

É um novo ano. Uma nova etapa. Novas peças se adivinham.

feira no bairro

18 de Dezembro de 2021

É um desafio fazer uma Feira num bairro social. Não sabemos quantas pessoas podem aparecer. Quantas pessoas irão comprar os nossos produtos. Quem se quer juntar a nós. É tudo um enigma. Ainda assim, insistimos em avançar. Montámos a nossa pequena banca no cima dos degraus que ficam no final da rua das Mães d’Água, para que todos pudessem ver-nos e ali ficámos à espera.

Foi numa tarde fria, com um sol a tentar a aquecer-nos a alma. As nossas costureiras fizeram questão de marcar a sua presença, trazendo consigo as suas famílias. Quem por lá passou ficou a conhecer-nos. Para quem não teve a oportunidade de ir ao Bairro do Zambujal, brevemente teremos mais produtos e mais padrões para vos mostrar. Não vão querer perder uma próxima feira nossa, seja ela onde fôr.

i feira artesanal

15 de Dezembro de 2021

A arteGENTES orgulha-se de partilhar com o público os trabalhos que os nossos costureiro têm vindo a desenvolver ao longo de 8 sábado. Ainda estamos no início, mas as mãos destes costureiros criam maravilhas.

Estão convidados.
Apareçam para conhecer, conversar e comprar.

artegentes

11 de Dezembro de 2021

Já passaram 7 sábados desde que iniciámos a arteGENTES no Bairro do Zambujal. Já é altura de falarmos de nós, de como chegámos até aqui.

Estávamos no início da pandemia quando sonhámos este projeto. Para trás ficou o Guiúa (Moçambique) com um sentimento de enorme gratidão por termos ajudado um grupo de costureiros. Com a quarentena obrigatória (imposta pelo Governo Português por causa do Covid-19), as reuniões on-line serviram de suporte para sonhar um novo recomeço. Sempre com incertezas. Onde? Como? Quem? E se…?

Fomos juntando peças, agregámos pessoas e somámos vontades. Sempre ao nosso ritmo.
Foi-nos sugerido submeter o projeto ao BPI. Não queríamos. Nem ao BPI e nem a nenhuma outra instituição. Talvez por medo. Certamente por falta de experiência.

Insistiram novamente. Aceitámos. Sempre com medo. E se o BPI aprovar?

O BPI aprovou, deixando-nos com receios, mas sobretudo com o desejo de fazer o BEM bem feito. Ainda melhor. E assim o fazemos. E assim o teríamos feito, mesmo sem este apoio financeiro. Porque somos assim. Porque acreditamos que devemos dar tudo o que temos e tudo o que somos. Ao projeto, a quem agregamos, a quem nos apoia.

Somos uma equipa de pessoas entusiasmadas, com o desejo de partilhar e ver este projeto a cada sábado que passa.

voluntários

4 de Dezembro de 2021

Temos a bênção de ter voluntários connosco. Ouviram falar da arteGENTES, do Bairro do Zambujal e da COMUZA. Interessaram-se, quiseram saber e apareceram. Assim fez a Sofia, que por conseguinte trouxe a sua mãe, a Dina.

São dinâmicas, desenrascadas, prontas para ajudar no que fôr preciso. Fazem parte do projeto desde o primeiro dia. Têm sido uma ajuda preciosa.
Não vivem no bairro e não falham nos horários. Impecáveis.

Num destes sábados apareceu o Filipe, o nosso técnico. É quem nos arranja as máquinas de costura sempre que é necessário. Mas como nos saiu a sorte grande também percebe de costura.

É constantemente chamado. Às vezes por tudo, outras vezes por nada. Mas sempre presente, com a chave de fenda numa mão e linha na outra. Sempre disponível para ajudar. No sábado seguinte apareceu a Maria José, a mãe do Filipe, costureira e curiosa por conhecer o projeto. Primeiro veio como visita. Agora ficou como voluntária. Que sorte a nossa.

venha quem vier por bem

27 de Novembro de 2021

É verdade que a arteGENTES acontece no Bairro do Zambujal. Inicialmente seria um projeto destinado a mulheres. Jovens mulheres desempregadas com as idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos. Havia muitas quando sonhámos o projeto para o bairro durante o confinamento obrigatório. Depois desta imposição muitas imigraram para fora do país em busca de melhores condições de vida. Outras encontram-se empregadas durante o fim-de-semana, enquanto estudam de segunda a sexta.

Sim, a arteGENTES acontece no Bairro do Zambujal. Não são só mulheres. Temos também um homem. Costura connosco porque gosta. Não quer ficar parado em casa. Não se contenta com a televisão da sala enquanto o tempo avança. 

A arteGENTES acontece no nosso bairro com um homem e muitas mulheres. Mulheres jovens, acima dos 30 anos. Nada as impede de ir costurar. Aparecem. Sentam-se. Costuram. Conversam. Partilham. Ensinam. Orgulham-se. 

Tem sido fantástico.

os primeiros resultados

20 de Novembro de 2021

Por aqui andam a preparar maravilhas. As máquinas estão imparáveis.

Estão constantemente a chamar a professora. Qual é o ponto? Onde costuramos? Posso escolher uma capulana? Porque é que a máquina parou? Não consigo pôr a linha na agulha… Enganei-me a costurar…

São muitas as dúvidas e as inseguranças, mas as máquinas não param e quando damos por isso – puf – terminaram de costurar um saco! Depois do primeiro veio o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto…

Hoje foi dia de festa. Fizeram sacos de pano. Do princípio ao fim. Sozinhos.

As máscaras escondiam os sorrisos, mas o brilho dos olhos iluminaram a sala.

sábados à tarde

13 de Novembro de 2021

O ritmo começa quando abrimos as portas do CCV. De longe já se vêm as ancas a balançar ao som de conversas banais. Passo a passo vão chegando.

Dá vontade de dançar ao ouvir o entusiasmo nas suas vozes. 

Querem conhecer. Querem saber. Querem fazer.

A música avança com os motores das máquinas a trabalhar.

E quando começam as horas param.

a dúvida e a ousadia

6 de Novembro de 2021

No bairro não sabiam o que era a arteGENTES. Nunca tinham ouvido falar.

Circulava pelas ruas que algo iria mudar, mas não percebiam o quê. O zumbido da novidade não deixou os moradores indiferentes.

Os mais ousados apareceram. Estes conseguiram um lugar. Uma máquina para costurar. Os outros esperaram pela confirmação. 

Há máquinas de costura. Há professora para ensinar. Há voluntários para ajudar. Há entusiasmo no ar.

Ainda agora começamos e já temos pessoas em lista de espera para as aulas de costura. Não esperávamos tanta adesão.

costurar um sonho

30 de Outubro de 2021

As máquinas estavam prontas. Cada uma sobre uma mesa revestida de capulanas cheias de cores e padrões convidativos. Aguardavam enquanto as senhoras chegavam de mansinho com um sorriso de “boa tarde”, desejosas por ocupar um lugar na sala improvisada para a costura.

Com uma mistura de vergonha e de medo e com a professora Eunice ao leme, os motores começaram a trabalhar. Ora a direito, ora a ziguezaguear.

A arteGENTES iniciou o projeto com 8 máquinas de costura, mas com 10 participantes entusiasmadas para costurar um sonho, o sonho de criar, aprender e partilhar.

Prontos para o que aí vem?

mudam-se os tempos

23 de Outubro de 2021

No passado encurtámos as distâncias geográficas. De Moçambique para Lisboa. Do Guiúa para Lisboa.

Construímos pontes de travessia entre os costureiros moçambicanos e o público português. Trabalhámos juntos. Nós, os costureiros do Guiúa, o Instituto Missionário da Consolata em Moçambique e todos aqueles que contribuíram para um comércio sustentável. Entre o lá e o cá ficou tudo mais fácil. Lá os costureiros dedicaram-se a este ofício. Por cá aquecemo-nos com as cores e os padrões dos produtos de lá.

No presente tudo mudou. Uma pandemia inesperada fez mudar os rumos. Obrigou-nos a parar. Fez-nos repensar. Refazer. Recomeçar. Do Guiúa para o Bairro do Zambujal. Mesmo aqui ao lado. Distâncias mais curtas e pontes mais fortes.

O futuro permite-nos sonhar e criar em conjunto. Nós. A COMUZA. A Delegação Portuguesa do Instituto Missionário da Consolata. O CAZAmbujal. O Prémio BPI Solidário.